Política

Audiência na Alerj discute contingenciamento na educação

Universidade Federal Fluminense (UFF), em NIterói, receberá comissão da Alerj. Foto: Paula Fernandes/UFF

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realiza nesta segunda-feira (27) uma audiência pública para debater o contingenciamento de verbas das universidades públicas. O encontro será às 9h30, no auditório Senador Nelson Carneiro, prédio anexo ao Palácio Tiradentes.

A audiência foi convocada pela Comissão de Economia, Indústria e Comércio, presidida pelo deputado Renan Ferreirinha (PSB). A comissão informou que vai apurar o impacto econômico das universidades e institutos federais no estado e os efeitos do contingenciamento anunciado pelo Governo Federal há dois meses.

A audiência faz parte da "Jornada do Corte Federal", uma série de debates organizados pela comissão, que planeja passar pelas instituições de ensino. Um principais objetivos da jornada é evitar que a medida do governo afete a economia das regiões onde estão localizadas as unidades federais de ensino.

Segundo o presidente da comissão, o exemplo mais temido é o caso da Gama Filho, que, em 2014, encerrou as atividades em Piedade, Zona Norte do Rio. Meses depois, 18 restaurantes do entorno, além de outros comércios, fecharam as portas.

“Nossa preocupação é com a economia do Estado do Rio, que ainda está em crise. A taxa de desemprego no Rio era de 6,7%, em 2013, e passou para 15%, em 2018. Ela mais do que dobrou em cinco anos. Entre os jovens de 18 anos a 24 anos, a taxa chega a 33%. Precisamos, portanto, encontrar meios de fazer o Rio se desenvolver”, explicou Ferreirinha, salientando que o objetivo da Jornada do Corte Federal é prever os riscos ao Estado do Rio e sugerir soluções aos governos Federal e Estadual.

Um levantamento preliminar da comissão mostra que cerca de 60 unidades federais de ensino no estado poderão ser afetadas pelo contingenciamento de verbas. Dessas, 27 (44% do total) ficam no interior do estado.

A primeira audiência, nesta segunda-feira, busca mensurar os riscos que o contingenciamento oferecerá à gestão dos campi e o desemprego que será causado. Os funcionários terceirizados serão os principais atingidos, e as dispensas afetarão os serviços de segurança, limpeza, manutenção, entre outros.

Audiências nas universidades

A segunda audiência, dia 6 de junho, às 9h30, na Universidade Federal Fluminense (UFF), Campus Gragoatá, em Niterói, visa calcular o possível impacto econômico no entorno dos campi, diante da iminente diminuição do número de pessoas circulando nas unidades.

A terceira e última audiência da Jornada, dia 13 de junho, às 9h30, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Campus Praia Vermelha, na Urca, pretende calcular o efeito do contingenciamento a longo prazo. Para o presidente da comissão, se os cortes indiretamente afetarem o andamento das unidades, é possível que as aulas sejam atingidas. “Qual será o efeito disso no mercado de trabalho e na economia do estado?”, questiona Ferreirinha.

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